Ideal Axadrezado #001 - Génese do projecto e rescaldo da deslocação a Braga

Início do Projecto
O Ideal Axadrezado nasceu da necessidade de olhar o Boavista FC com a mesma garra que caracteriza o nosso clube desde 1903.
Tal como as cores que nos definem, acreditamos na clareza da análise e na força da verdade.
Fundado em 2025, este espaço digital pretende ser mais do que apenas mais um blog sobre o Boavista. Procuramos oferecer uma perspetiva diferenciada, onde a paixão axadrezada se alia à análise cuidada do presente e do futuro do clube. Curiosamente no mesmo dia em que o Boavista Futebol celebra o 92º aniversário de envergar o equipamento axadrezado preto e branco que nos tem vindo a distinguir deste então, pela mão do então Presidente Artur Oliveira Valença.
Entre as linhas do nosso xadrez, encontrará reflexões sobre o quotidiano do Bessa, artigos sobre o nosso património histórico e um olhar atento sobre o desenvolvimento do clube.
Sempre com o rigor que o emblema merece e o ardor que o hino proclama. O nome Ideal Axadrezado não foi escolhido ao acaso. Representa não só as cores que nos identificam desde a fundação, mas também o compromisso com uma abordagem clara e direta, sem rodeios nem meias verdades.
É este o nosso Ideal Axadrezado. Porque o Boavista merece ser pensado, analisado e discutido ao mais alto nível, assume-se aqui o papel de observação atenta e crítica construtiva. Com a legitimidade de quem vive o clube intensamente, mas com o distanciamento necessário para uma análise ponderada.
Do Bessa para o mundo, sempre com o vigor e a lealdade que nos caracterizam.
Preto no Branco.
Rescaldo SC Braga 3 - 0 Boavista FC
Outra noite difícil para o nosso xadrez. Num Municipal de Braga fustigado por condições meteorológicas severas, o Boavista somou a sua quarta derrota consecutiva, desta vez por 3-0 frente a um SC Braga que, mesmo em gestão, demonstrou toda a diferença de recursos entre as duas equipas.
A realidade atual do Boavista ficou exposta logo na ficha de jogo: apenas 17 jogadores disponíveis dos 20 possíveis na ficha de jogo, reflexo direto das múltiplas suspensões e lesões que têm assolado o plantel. É um cenário preocupante que limita significativamente as opções de Cristiano Bacci, especialmente quando enfrentamos adversários do calibre actual do Braga.
Primeira Parte: Sobrevivência Impossível
O plano de jogo era evidente - defender com solidez e tentar explorar contra-ataques. No entanto, a qualidade individual dos bracarenses acabou por se impor cedo. O primeiro golo, aos 14 minutos, nasceu de uma jogada pela direita entre Victor Gómez e Gharbi, com César menos feliz na abordagem à bola, permitindo a finalização de Navarro.
A partir daí, foi visível a diferença entre uma equipa a lutar pelos lugares cimeiros e outra mergulhada numa crise profunda dentro e fora de campo. O segundo golo, da autoria de Ricardo Horta após assistência de Bruma, foi mais um exemplo da qualidade individual que nos tem faltado nos últimos anos.
Segunda Parte: Da Esperança à Frustração
Houve uma ligeira melhoria no início da segunda parte, com a equipa a tentar pressionar mais alto. No entanto, a expulsão de Abascal - num momento de descontrolo emocional incompreensível - acabou por enterrar qualquer esperança de recuperação. O penálti convertido por Navarro para o 3-0 foi apenas a confirmação do óbvio.
Análise Individual
Alguns jogadores merecem destaque pela entrega, como Joel Silva e Marco Ribeiro, apesar das dificuldades, mantiveram a dignidade num jogo complicado. No entanto, a expulsão de Abascal é sintomática do momento - quando as coisas já estão difíceis, não podemos complicar ainda mais.
Perspectivas
São agora nove jogos sem vencer, com apenas 12 pontos em 19 jornadas. A situação é bastante crítica - estamos a cinco pontos do lugar de playoff. No entanto, é urgente uma mudança de rumo. As próximas semanas até ao fecho de mercado serão cruciais para definir o futuro do clube na principal divisão do futebol português.
A verdade é que o Braga, mesmo em gestão e com a Lazio no horizonte, demonstrou ser uma equipa de outro campeonato. Para nós, resta continuar a lutar, jogo a jogo, conscientes de que cada ponto será uma batalha. Os cerca de 200 adeptos que fizeram a viagem até Braga, mantendo o apoio incondicional mesmo debaixo de chuva torrencial, são o exemplo da resiliência que a equipa precisa mostrar daqui para frente.
O próximo jogo, em casa contra o FC Famalicão, terá que ser encarado como uma final. Não há mais margem para erros, nem para descontroles emocionais como o de hoje. Seja dentro do campo ou fora dele.
P'la Bandeira.
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